Estréias desta sexta-feira nos cinemas de São Paulo

Adam Sandler e Drew Barrymore voltam a formar par em comédia
Como se Fosse a Primeira Vez reúne Adam Sandler e Drew Barrymore, que já haviam mostrado uma boa química em Afinado no Amor, em 1998. Juntando o charme que os dois têm na tela e sua facilidade em conseguir boas bilheterias, tudo indica que se dirigem para mais um final romântico feliz.

Sandler faz o papel de Henry Roth, um veterinário de aquários em Oahu, no Havaí. Ele tem o hábito de ter namoros passageiros com mulheres que estão de férias nas ilhas, costume esse que lhe cai como uma luva, já que planeja passar um ano afastado, viajando de navio ao Alasca para estudar o hábitat natural das morsas.

Mas, antes de poder empreender o caminho do norte, Henry é flechado por Cupido. Num café, ele vê Lucy (Drew Barrymore) erguendo uma "tenda indígena" feita de waffles. Henry bate um papo com ela, surge uma atração imediata e eles se apaixonam. No entanto, na próxima vez em que se encontram, Lucy não o reconhece. A dona do café, Sue (Amy Hill), lhe explica o porquê: depois de receber uma pancada na cabeça num acidente de carro, Lucy perdeu a memória de curto prazo.


De Passagem mostra problemas dos jovens da periferia
Vencedor do Festival de Gramado de 2003, De Passagem, de Ricardo Elias, traz para as telas uma história simples sobre jovens da periferia. Estreante no longa em ficção, o paulista Ricardo Elias dirigiu também o documentário Um Filme de Marcos Medeiros e três curtas-metragens. Ele recebeu quatro kikitos em Gramado (filme, diretor, ator coadjuvante e roteiro), além do prêmio da crítica.

O expressivo número de premiações, mesmo fazendo jus às qualidades do filme, ainda mais numa edição do festival em que os representantes nacionais foram extremamente fracos, não deve encobrir suas inegáveis deficiências.

O diretor ficou devendo alguns pontos em maturação do roteiro e até numa maior ousadia visual de sua história, em torno de três amigos, dois deles irmãos, que nascem e crescem numa periferia da cidade de São Paulo, mas tomam destinos bem diferentes.


Osama entra no mundo fechado dos homens do Afeganistão
Apresentado como o primeiro filme inteiramente afegão desde a ascensão e queda do Taliban, Osama, de Siddiq Barmak, tem mais significado histórico do que mérito artístico duradouro. Primeiro longa do diretor, o título se refere não a Osama bin Laden, mas ao nome masculino Osama, que, no Afeganistão, é mais ou menos tão comum quanto João no Brasil.

No filme o nome é assumido por uma menina de 12 anos que se disfarça de homem para poder trabalhar e ganhar dinheiro para sustentar sua família. Barmak, que obviamente trabalhou sob condições muito difíceis, montou uma versão sombria de uma história dos Irmãos Grimm. A intenção é que ela funcione como parábola para mostrar o tratamento dado às mulheres afegãs sob o regime opressivo.


Desenhista retrata rotina dos cariocas em Rio de Jano
O peculiar processo criativo do desenhista e quadrinhista francês Jano - apelido profissional de Jean Le Guay - inspirou os diretores Anna Azevedo, Renata Baldi e Eduardo Souza Lima no documentário Rio de Jano.

Jano seguiu a trilha de Jean-Baptiste Debret e outros viajantes do século 19, curvando-se à beleza do Rio de Janeiro e recriando-a numa visão muito particular. Durante a viagem que realizou ao Brasil, ele aproveitou para retratar a Cidade Maravilhosa e seus habitantes.

Se as paisagens do Cristo Redentor, dos Arcos da Lapa e da Ilha da Paquetá permanecem fáceis de reconhecer, o mesmo não acontece com os cariocas. Reinterpretados no traço peculiar de Jano, todos os seres humanos em seus desenhos emergem com rostos de animais: gatos, cachorros, raposas, aves, ursos.

Nesse antropomorfismo não entra nenhum demérito. Faz parte do estilo de Jano, que acredita, como diz no filme, que as feições dos animais são mais expressivas e isso lhes atribui qualidades positivas. As mulheres bonitas, por exemplo, são sempre representadas como gatas ou raposas.


Jim Caviezel é o viúvo que deseja se vingar de um serial killer que atropela e mata mulheres
Rennie (Jim Caviezel) passou cinco anos atravessando o país inteiro em busca do assassino de sua mulher. A bordo de seu Plymouth Barracuda ano 68, ele persegue James Fargo (Colm Feore), um serial killer que atropela mulheres. Preso a uma cadeira de rodas, James adaptou seu Cadillac Eldorado ano 72, transformando-o em uma extensão de seu corpo. Nessa perseguição, Rennie e James ainda encontrarão Molly (Rhona Mitra), que pode se tornar a mais nova vítima do matador.

Velozes e Mortais é uma produção canadense que teve uma estréia tímida nos Estados Unidos, apenas em dois Estados - por pouco não foi parar direto nas prateleiras das locadoras. Se bem que, com a fama repentina que Jim Caviezel ganhou graças à Paixão, é possível que a New Line tente emplacar o longa novamente nas telonas de lá, desta vez com mais propaganda.