"South Park" traz mensagem profunda com palavreado chulo

Desenho incute a idéia de que não há dogmas sacros ou tabus impronunciáveis

"South Park" atingiu seu clímax nesta temporada? O desenho pode ser visto na MTV às 23h das terças, com reprises na quarta à 1h30, sexta às 22h30 e domingo à 1h. O Multishow o apresenta à 0h de sábado para domingo e em horários alternativos.

Em um episódio de março, um filme chamado "The Passion" (A Paixão)conquista Eric Cartman, o gordo, ele próprio crucificado em 1999, na encenação da paixão de South Park. Depois de ver o filme, Cartman não pára de falar sobre a glória de seu herói de longa data, Mel Gibson, diretor do filme, até que seu amigo Kyle Broflovski consente em ir assistir ao filme. Abalado com a tortura apresentada no filme, Kyle concorda com a implicação de que os judeus tiveram responsabilidade na morte de Jesus.

Kyle, então, agita sua sinagoga: ele quer um pedido de desculpas. Os congregantes se rebelam. Enquanto isso, Cartman organiza um comício e tenta iniciar um genocídio. A guerra santa chega a South Park. Em um sub-tema relacionado, Mel Gibson armado e enlouquecido esbraveja de cueca, como fez em "Máquina Mortífera".

Andrew Sullivan, o sábio conservador online, chamou a cena de "uma das mais sublimes do ano". Cada pessoa disse que o episódio "A Paixão do Judeu" provou algo diferente: Que o programa ainda está por dentro ou que voltou com força ou que está melhor do que nunca. De qualquer forma, foi bom.

A série, que sai do ar até outubro, depois do episódio de quarta-feira (28/04) à noite (nos EUA), sobre alienígenas que tomam os empregos dos americanos, também se orgulha de malhar as religiões. Ambientada em serras nevadas do Colorado, tem sido séria iconoclasta desde sua estréia em 1997.
Fonte: The New York Times