"Queridinho" do COB, Guga atropela dirigente no caminho a Atenas

Indefinição nos critérios de classificação para a Olimpíada? Dificuldades de treinamento? Pouca verba disponível? Adaptação a um calendário imposto pela confederação? Falta de intercâmbio com os principais adversários? Silêncio nas críticas e submissão total aos dirigentes?

Esqueça o cenário básico do atleta olímpico brasileiro quando o sujeito em questão é Gustavo Kuerten, 27, por enquanto o único tenista do país confirmado nos Jogos Olímpicos de Atenas, em agosto.

A vaga garantida em Atenas-2004 pelo ranking mundial. A preparação totalmente independente de qualquer cartola ou equipe. O conforto da academia de seu treinador. Com essas comodidades, o catarinense, que em sua carreira amealhou mais dinheiro que muita confederação, encontra tantas facilidades para desembarcar no aeroporto Eleftherios Venizelos, em Atenas, que escancarou a inutilidade da CBT (Confederação Brasileira de Tênis).

Com trânsito bom e direto no Comitê Olímpico Brasileiro, Kuerten tirou da CBT qualquer atribuição, formal ou informal, e passou simplesmente ele próprio a ser o representante do tênis nacional às vésperas dos Jogos.