SP Fashion Week

Resumo do 2ºdia: multivisões, multi-inspirações

Começaram a se configurar as principais tendências da estação, mesmo em dia permeado de surpresas estilísticas e de emoções “Nakaonianas”.

Caio Gobbi abriu o dia com uma vitrine montada no Hotel Lycra. Depois, pousaram em São Paulo os excelentes e inovadores tricôs da Patachou. Em seguida, a delicada e emocionante performance de Jum Nakao. Acompanhada pela aparição da esvoaçante Zoomp. Mario Queiroz estampou seus andarilhos. A Ellus 2nd Floor trouxe experimentalismo. E Eduardo Suppes fechou o dia com um belo desfile fetiche-chique.

Dia de movimentações cerebrais. Quem cobre o evento ficou boiando nessa maré de diversidade. Jogados de um lado para o outro, com referências distintas, ficou difícil agregar todos em uma maré só, ainda bem. Em meio às diferenças estilísticas, paira sobre o evento uma certa serenidade. Nos cenários de referências infantis, na suavidade dos tons pastel, no branco, nos tecidos que deixam rastro pelo ar.

A beleza feminina, extremamente sensual, se revela através dos tecidos. Eles chegam antes do corpo: são reis até agora. Diferentemente de verões passados, o corpo surge mais respeitado. Já entendemos que a moda é sensual, ou melhor, que a brasileira é. Agora queremos idéias. Bom ver cores fortes juntas, como pinceladas de grossa tinta a óleo. Bom ver silhuetas amplas, confortáveis, roupa para tantas.

Moda em linhas gerais
Frescor: Quem não quer seguir essa palavra para o verão?
Pele de fora: Mais bacana menos explícita.
Babado: Pode apostar, tanto inspirado nos trajes das ciganas, melhor revisitado e reconstruído.
Contraste: Rosa, verde, azul e amarelo em combinações totalmente suaves ou completamente agressivas.
Barras ao alto: Dobre a barra da calça e transforme-a em um modelito pescador. O mesmo com os shorts, bem atrevidos.
Desgaste:O bacana é comprar uma roupa com acabamentos “malfeitos”, cortadas a fio, lavadas ou "sujadas": a idéia é valorizar a memória e o uso da roupa.

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