Estréia da semana nas telonas

Fahrenheit é o filme mais fraco de Michael Moore
Em Fahrenheit 11 de Setembro, Michael Moore abandona qualquer tentativa de parecer um documentarista. No lugar disso, ele monta, a partir de fontes diversas, um conjunto polêmico e irado de argumentos contra o presidente dos Estados Unidos, a família Bush e a política externa da administração norte-americana.

Enquanto Roger & Me e Tiros em Columbine, seus trabalhos anteriores, eram buscas pessoais pela verdade, que analisavam um tema de ângulos diferentes e entrevistavam pessoas de opiniões totalmente divergentes, em Fahrenheit Moore repete a mesma mensagem desde a primeira tomada até a última.

Não existe discussão, não existe análise de fatos nem busca de contextualização histórica. Moore simplesmente quer culpar um homem e sua família pela situação na qual os EUA se encontram no Iraque.


Plataforma traz as transformações da China moderna
O diretor chinês Jia Zhangke usou suas próprias experiências para fazer o drama Plataforma, sobre o impacto na economia e na cultura da China quando o líder reformista Deng Xiaoping começou a abrir o país para uma forma limitada de capitalismo nos anos 1980. Jia exercita ações controladas, apresentando evento após evento, até que se forme uma imagem clara da China moderna na cabeça do espectador.

No circuito alternativo dos festivais, o filme foi exibido em Veneza e venceu importantes prêmios como no Festival dos Três Continentes de Nantes. Plataforma usa as histórias de um grupo de artistas para mostrar as mudanças. Minlian (Wang Hong-wei) e seus amigos da trupe mantêm sentimentos juvenis de rebeldia contra a socidade autoritária produzindo peças revolucionárias.