Estréias da semana nas telonas

Os Incríveis é o melhor filme de animação da Pixar
A Pixar Animation Studios ousou ao penetrar em um novo território dos filmes de animação com Os Incríveis, uma aventura de ação divertidíssima que envolve uma família inteira de super-heróis.

É uma mistura de Pequenos Espiões, James Bond e Homem-Aranha, tudo junto, sob a direção inteligente de Brad Bird, o homem que esteve por trás da fantástica animação Gigante de Ferro, de 1999. Basicamente, o que Bird e a Pixar fizeram foi criar um filme de super-heróis que poderia muito bem ter sido feito com atores de verdade.
O longa-metragem foi estilizado para ficar com a aparência de uma fantasia imaginada nos anos 1960, e isso inclui a trilha sonora jazzística de Michael Giacchino, que lembra Missão Impossível, Os Vingadores e as trilhas sonoras que John Barry criou para os primeiros filmes de James Bond.

Os animadores apresentam as residências suburbanas e os escritórios em linhas limpas e enxutas, com detalhes reduzidos ao mínimo, enquanto o antro do vilão da história é um misto de ilha no meio da selva e fábrica de armas, lembrando o antro do Satânico Dr. No, mas equipado com engenhocas e equipamentos de segurança da era espacial.
Bob Parr (dublado na versão original por Craig T. Nelson) é o Sr. Incrível, um super-herói que combatia o crime. Sua mulher, Helen (Holly Hunter), também conhecida como Mulher Elástico, é uma contorcionista cujos braços e pernas parecem ser capazes de se esticar ao infinito.

A história começa quando os cidadãos ingratos se cansaram de seus super-heróis. A família Parr é obrigada a se aposentar num programa de relocação de super-heróis.

Antes do Pôr-do-sol traz romantismo com bons diálogos
Os dois personagens de Antes do Pôr-do-sol passam o filme inteiro conversando e apenas se abraçam uma vez. Apesar disso, há muito tempo não se via um filme tão romântico quanto este.

E essa não é a única coisa incomum neste filme. Criado por três pessoas - o diretor Richard Linklater e os dois protagonistas, Ethan Hawke e Julie Delpy -, Antes do Pôr-do-sol é um experimento tremendamente bem-sucedido para saber se um filme consegue cativar o público com uma conversa entre duas pessoas que transcorre em tempo real.
O filme é sequência de Antes do Amanhecer, também de Linklater, drama romântico que recebeu o Urso de Prata de melhor direção no Festival de Cinema de Berlim em 1995.

Dupla de atrizes cai na estrada no argentino Cleópatra
A atriz Norma Aleandro representa a personagem-título do road movie argentino Cleópatra, que promete cativar o público feminino. Sucesso enorme na Argentina, Cleópatra foi muitíssimo bem recebido em sua estréia norte-americana, que aconteceu no Festival de Cinema de Fort Lauderdale. O pai de Cleópatra era diretor de uma companhia de teatro e era apaixonado pela literatura clássica - é essa a razão de seu nome. Ela própria é professora aposentada cujo marido (Hector Alterio), com quem é casada há 37 anos, está desempregado e deprimido, tanto que o casamento deles caiu numa rotina desgastante.

Agora Cleópatra ganha a vida vendendo produtos da Avon de porta em porta e há muito tempo desistiu de seu sonho antigo de virar atriz, mas, quando surge uma chance de fazer um teste para um papel numa telenovela, ela a agarra impulsivamente. Infelizmente, porém, fica petrificada durante o teste.

Os Sonhadores capta espírito libertário dos anos 1960
Os espectadores que não se chocarem com as imagens explícitas de nudez e incesto entre irmãos talvez se perguntem o quê, exatamente, o diretor de obras reverenciadas - embora polêmicas - como O Conformista e O Último Tango em Paris achou que iria comunicar com esta história de três jovens em Paris durante a primavera de 1968, Os Sonhadores.

O fato é que a intenção declarada do diretor italiano Bernardo Bertolucci de criar um filme que captasse o espírito libertário da época - quando as fronteiras políticas, culturais e morais estavam sendo ampliadas e redefinidas - parece ter sido prejudicada pela história específica que ele optou por contar. O filme é baseado no romance de Gilbert Adair The Holy Innocents, de 1988.

Ben Affleck está no embaraçoso "Sobrevivendo ao Natal"
Uma premissa cômica que não chega a ser engraçada, um protagonista cansativo, quase chato, e um roteiro ao qual falta humor - nada salva "Sobrevivendo ao Natal". O elenco surpreendentemente forte -que inclui Ben Affleck, James Gandolfini, Christina Applegate e Catherine O'Hara - acaba preso na armadilha deste filme embaraçoso, desconjuntado e confuso. Por mais que se esforce, os atores não conseguem criar algo de bom a partir de uma premissa que é simplesmente má idéia.

Diante da idéia de ter que passar o Natal sozinho em seu apartamento de Chicago, espaçoso mas absurdamente vazio, Drew, personagem vivido por Affleck, se deprime. Então ele resolve visitar a casa nos subúrbios onde viveu sua infância, buscando uma espécie de reencontro espiritual com a família que teve no passado.
Em frente de sua antiga casa, ele faz um pequeno ritual, ateando fogo a uma folha de papel na qual anotou as mágoas que tem de sua família, como se estivesse anunciando que a perdoou...