Por: Ronaldo Hung






Semana com poucos destaques no circuito, além de filmes típicos para uma sessão da tarde. No campo alternativo, um novo Godard chegando.

BRIGADA 49

Aventura, variação do velho tema do policial experiente que ensina os truques da profissão a novato na área. No caso, da atribulada vida dos bombeiros. John Travolta faz o capitão da coorporação onde irá o inexperiente Joaquin Phoenix (de “A Vila”). A fita, ao que parece, a julgar pelo trailler, não deve trazer novidades. Há os conflitos costumeiros, os problemas de integrar-se em um novo ambiente e, é claro, discussões familiares.

No roteiro original a ação era ambientada em Nova York mas, após 11 de Setembro, optou-se por localizar os fatos em Baltimore. Co-produzida pela Touchstone, a fita é dirigida por Jay Russell, do drama “Meu Cachorro Skip” (com Kevin Bacon e Diane Lane).

ENTRANDO NUMA FRIA MAIOR AINDA
Continuação de ”Entrando Numa Fria”, de 2000, com Ben Stiller e Robert de Niro. É uma comédia para quem curte os atores e o humor do diretor Jay Roach (de “Austin Powers”). No primeiro, contava-se o problema de Stiller ao querer casar-se com a filha de um mafioso (Teri Polo). Agora, os problemas são os sogros.


A novidade é que os pais do rapaz são Dustin Hoffman e Barbra Streisand (após um longo sumiço de 8 anos das telas). O tom de comédia parece ser o mesmo do anterior. Curiosidade: no elenco também está Owen Wilson, que trabalhou com Stiller em mais de 6 filmes, entre eles “Zoolander” e “Starsky & Hutch”.

DUPLA CONFUSÃO
Comédia francesa que reúne dois grandes astros: Jean Reno e Gérard Depardieu. O diretor Francis Veber já trabalhou com Depardieu em várias produções. Eles são dois vigaristas, que se encontram na cadeia.


Após uma tumultuada fuga, Reno quer vingança pessoal, perseguindo antigos parceiros. Vale pelos atores. Mas parece mais uma “sessão da tarde à francesa”.

Outra Estréias
NOSSA MÚSICA

Nova produção de Jean-Luc Godard. Para quem conhece o trabalho do diretor, é um prato cheio. Já para os outros, a história é outra. Se você é do primeiro time, provavelmente irá apreciar esta leitura que o Godard faz sobre o inferno, purgatório e, é claro, paraíso. Muito simbolismo, o que, convenhamos, é para poucos.


Repleto de citações, o filme constitui muito mais do que uma exibição vazia de erudição, alinhando todos estes elementos para construir um denso painel sobre a incapacidade humana de construir a paz - e, ironicamente, sua igual competência para compor relatos artísticos, literários ou musicais, sobre a dor básica da condição humana.


MILAGRE DE BERNA
O filme mostra duas histórias que têm como pano de fundo a Copa de 1954 e a consagração da seleção alemã na competição. No final da Segunda Guerra Mundial, uma família alemã é divida em duas.


Depois de oito anos, o pai volta da Rússia e os problemas para se inserir na rotina de sua família ficam evidentes. A segunda história é sobre um repórter e sua esposa que cobrem o evento.