Terri Schiavo morre 13 dias após ter sonda retirada

Terri Schiavo, que vivia em estado vegetativo em um hospital dos EUA, morreu nesta quinta-feira, 13 dias depois de ter seu tubo de alimentação retirado por ordem de um tribunal, informou um porta-voz de seus pais. O caso criou uma grande polêmica nos Estados Unidos sobre o direito de morrer e envolveu desde o Congresso até o presidente norte-americano George W. Bush.

"Ela morreu", disse Paul O'Donnell, um monge franciscano e conselheiro espiritual dos pais, Bob e Mary Schindler, que travaram uma batalha legal durante sete anos para manter sua filha viva.
Schiavo, 41, estava no que a corte definiu como um "estado vegetativo permanente" desde que seu coração parou brevemente em 1990, privando seu cérebro de oxigenação.

Os tribunais há muito tempo favoreciam o marido e guardião legal da paciente, Michael Schiavo, ao determinar que ela não gostaria de viver assim e que deveria ter a permissão de morrer.

Mas os Schindlers brigaram nos tribunais para prolongar a vida da filha, e ganharam o apoio de cristãos conservadores e de ativistas antiaborto e a favor do direito à vida.

O Congresso, controlado pelos republicanos, aprovou uma lei especial depois que a alimentação de Schiavo foi interrompida em 18 de março, a fim de permitir que os pais levassem o caso das cortes estaduais para as federais.

Mas o esforço, que pesquisas de opinião mostraram não ter tido o apoio da maioria dos norte-americanos, falhou quando juízes federais recusaram o pedido dos pais para que a alimentação fosse retomada. A última recusa, da Suprema Corte, aconteceu na quarta-feira à noite.