Por: Ronaldo Hung





Semana cujo maior destaque é a adaptação para o cinema do seriado “A Feiticeira”. Confira todas as estréias.

A FEITICEIRA
O circuito recebe mais um seriado de tv adaptado para as telonas. Depois de “Os Gatões”, que chegou semana passada, é a vez de “A Feiticeira”, um dos mais queridos seriados família da telinha. Porém, a crítica desceu a lenha e parece que o resultado não é lá grande coisa. O próprio trailer era meio sem graça. De qualquer forma, existe sempre a curiosidade, principalmente para os fãs da bruxinha Samantha Stephens.

Na história, o fracassado ator Will Ferrell encontra uma esperança para a sua carreira, quando decide participar do remake da famosa série para o cinema. O problema é descobrir quem seria a atriz ideal para o papel principal (ou seja, o roteiro brinca com a própria produção). Até ele esbarrar com Nicole Kidman, que irá descobrir, mais tarde, ser uma feiticeira de verdade. Há tentativas de números musicais e até Michael Caine no elenco. A direção é de Nora Ephron (a mesma de “Sintonia do Amor”). Mas “Os Gatões” parecem ter levado a melhor em termos de adaptação. É ver para crer

AMOR PARA SEMPRE
Suspense inglês do diretor Roger Michell, o mesmo da comédia romântica “Um Lugar Chamado Notting Hill”. Ao que parece, esse filme é mais na linha experimental, estranhos personagens, estranhas atitudes e estranhos resultados. Não é para qualquer público, que irá se interessar pela amizade contundente e estranha entre duas pessoas que se conhecem quando ocorre um grande acidente de balonismo. Não fica muito claro se a intenção da produção é ser uma fantasia ou algo mais, deixando ao espectador tirar suas conclusões. No elenco, Samantha Morton (de “Minority Report”).

DA CAMA PARA A FAMA
Comédia espanhola, dirigida por Pablo Berger, que foi premiada no Festival de Málaga, da Espanha, levando os troféus de melhor ator, atriz, filme e direção. A ação acontece nos anos 70 e acompanha a vida de um simpático vendedor de enciclopédias, que um dia recebe uma incumbência no mínimo inusitada do seu chefe: para manter seu emprego, terá que filmar suas práticas sexuais com sua mulher. Lá pelas tantas, o cara descobre que o chefe quer mesmo é ser um grande produtor de fitas pornôs. Dá para imaginar o que acontece ao longo da trama, ao que parece um humor descompromissado e de fácil acesso. Co-produzido pela Dinamarca.

VIDA DE MENINA
Produção nacional que foi premiada com seis troféus no Festival de Gramado do ano passado (filme, roteiro, fotografia, trilha, escolha popular e direção de arte). A diretora Helena Solberg havia realizado antes uma fita sobre Carmen Miranda, “Banana Is My Business”. É um filme de época, durante a proclamação da república. Ambientado em Diamantina, enfoca a vida de uma jovem e a narrativa que a acompanha através de seu diário. Ela é aquela que se acha feia, atrapalhada, cuja fuga e forma de encarar a vida reside nos seus relatos, muitas vezes debochados, sobre os acontecimentos que a cercam. A personagem e os diários são reais, baseados na vida de Alice Brant, que usava o pseudônimo de Helena Morely.

VLADO - 30 ANOS DEPOIS
Documentário nacional abordando os acontecimentos da prisão e morte do jornalista Vladimir Herzog, que na época da infâme ditadura no país foi considerado subversivo e comunista. Produção importante, não é de fácil digestão, mas acaba se tornando necessária por retratar um período negro do Brasil e, de certa forma, abordar a liberdade de imprensa. Direção de João Batista de Andrade.