Por: Ronaldo Hung





A semana é do macaco Kong e não se fala mais nisso. Para onde você se virar, provavelmente irá trombar com imensas filas para a nova adaptação, desta vez a cargo de Peter “Senhor dos Anéis” Jackson. Confira esta e todas as estréias.

KING KONG
E finalmente chega a versão do diretor Peter Jackson à saga do gorila King Kong, mais do que conhecida. Não deixa de ser uma oportunidade de quem não conhece buscar as produções anteriores, todas disponíveis em DVD por aqui (a original é de 1933 e outra, de 1976). Claro que a fita está nas mãos de quem entende do assunto. Afinal foram três “Senhor dos Anéis”, onde o cinema-entretenimento ganhou um novo representante. Portanto, difícil não ficar no mínimo curioso em conhecer o novo Kong.

Todos os elementos das antigas matinês estão lá, em formato e qualidade que a nova tecnologia permitem. A história já não traz novidades: expedição parte para uma ilha, encontra o gorila. Kong cai de amores pela mocinha Naomi Watts, de “O Chamado” (uem pode culpá-lo?), etc. e etc. A fita é longa, com quase três horas de projeção. Parece que a atriz do filme original (Fay Wray) iria fazer uma ponta, mas infelizmente faleceu antes. De qualquer forma, King Kong vive novamente nas telas. Cinemão.

QUEM É MORTO SEMPRE APARECE
Comédia estrelada pelo sumido Robin Williams, com a premiada Holly Hunter também no elenco. Que Williams é bom ator, não se discute. Nem sempre ele acerta o tom, mas é um daqueles casos que navega bem no humor e no drama. Aqui, ele faz um cara que vive no Alasca, que para receber o dinheiro do seguro resolve planejar uma suposta morte do seu irmão. Obviamente, vai aparecer um agente da seguradora que irá desconfiar de tudo. O bom elenco recomenda uma espiada.

SOU FEIA MAS TÔ NA MODA
Documentário nacional com um tema que está na crista da onda: os bailes funk. A diretora Denise Garcia mergulha neste universo carioca, que aos poucos vai invadindo outros territórios, entrevistando nomes conhecido do meio. O enfoque é voltado para a participação das mulheres, que têm se destacado na mídia. Maior exemplo é a cantora Tati Quebra-Barraco (aliás, o título é referência a uma canção). Para quem quer conhecer mais do assunto, ou curtir um “bonde” no cinema. Quem não curte o estilo musical, passe longe.

FOGUEIRA
Drama israelense que enfoca a visão machista do povo, na época de 1981, diante de uma viúva e suas duas filhas. Há todo um enredo trazendo à tona preconceitos e a difícil convivência entre os personagens centrais e a população. Um tema interessante, sempre importante. Mas é para público específico.

RRRRRR! NA IDADE DA PEDRA
Comédia francesa com Gérard Depardieu no elenco. Pelo título e pela sinopse, parece ter um toque non-sense. Senão, veja só: na pré-história, supostamente teriam existido duas tribos antagônicas, a dos “cabelos limpos” e a dos “cabelos sujos”. Eis que surge uma nova descoberta: o xampu. E começam a disputa entre eles. Não deve ser para se levar a sério. Quem quiser, que arrisque.

BROTHERS
Drama dinamarquês que, como o título deixa claro, trata do relacionamento entre irmãos. O tema, bastante comum no cinema, aqui tem toques políticos como pano de fundo (Afeganistão é o país). São dois irmãos, na clássica situação antagônica, meio que “por que você não é como ele?”; o mais velho é casado e pai de duas filhas, enquanto o mais novo é desajustado, recém-saído da prisão. Como referência, a fita foi a preferida pelo público no Sundance Film Festival (promovido pelo astro Robert Redford), conceituada mostra do cinema contemporâneo.

O ELO PERDIDO
Fita sobre uma expedição inglesa que percorre selvas africanas e consegue capturar dois pigmeus e levá-los para a Inglaterra. Curiosamente, o filme tem um quê de King Kong, mal comparando (pega-se um ser e retira-se do seu habitat, com as conseqüências de sempre...).

Uma expedição científica captura dois pigmeus nas remotas selvas africanas. Levados à Inglaterra, os diminutos são estudados como animais e considerados o elo perdido entre macacos e homens pelos estudados cavalheiros britânicos. Mas um homem começa a enxergar a verdade sobre os pigmeus e decide que é hora de revelar ao mundo a verdadeira natureza dos dois.

MORO NO BRASIL
Documentário nacional, em co-produção com a Finlândia e Alemanha. Pela sinopse, é um grande painel sobre a sonoridade que reina em nossas terras, com sua importância em na nossa vida. Diversidade é o que não falta em nossa música, como poderá ser comprovado com o maracatu, embolada, forró e por ai vai. Filmado em vários estados, dentre eles Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia, tem participações de gente de peso do calibre de Seu Jorge, Margareth Menezes e Walter Alfaiate.