Por: Ronaldo Hung





Feriadão da Páscoa com bastante estréias, destacando-se o novo desenho da Disney. Opções em todos os gêneros garantem a diversão para quem ficar na cidade. Confira todas as estréias:

SELVAGEM (The Wild)
Nova produção da Disney chegando às telas, trazendo o pacotão básico da grife: humor, aventura e diversão para toda família. Como a onda são os animais, desta vez a turma é formada coala, esquilo, leão, girafa e companhia, que vivem aventuras na cidade de Nova Iorque, tudo para resgatar um filhote perdido. No original, as vozes eram de Kiefer Sutherland (em alta pelo seriado “24 Horas”), James Belushi e William Shatner (de “Jornada nas Estrelas”). Na versão nacional, os destaques são Luigi Barricelli e Flávia Alessandra. Mantém o padrão do gênero, garantindo um bom programa.

O ALBERGUE (Hostel)
Mais uma fita de terror tendo como personagens principais jovens mochileiros. Porém esta é de gosto duvidoso, mais adequada a quem curte ver litros de sangue nas telas. Desta vez a ação está na Europa, num suposto local na Eslováquia (o tal albergue do título) onde mulheres não faltam. É claro que tudo não passa de uma armadilha para turistas desavisados. Não parece acrescentar nada ao gênero, apesar do nome de Quentin Tarantino aparecer como um dos produtores. Não é fita de garotas de camiseta correndo (afinal, são três amigos), mas daqueles filmes para estômagos fortes. De resto, parece a fórmula de sempre. Quem gosta do gênero pode dar uma arriscada, mas parece melhor esperar para ver em dvd.
ARMAÇÕES DO AMOR (Failure to Launch)
Comédia estrelada por Sarah Jessica Parker, que vai ser sempre lembrada como a protagonista da série “Sex and the City” (que, curiosamente, nunca foi exibido em canal aberto para o grande público). Mas vamos a esta produção, que parece apostar as fichas no carisma dela, em um papel sob medida para seu estilo. Há, contudo, o galã Matthew McConaughey (eleito recentemente pela revista People como um dos homens mais sexy do mundo). Ele faz um daqueles solteirões convictos, que ainda mora com os pais. Acontece que eles já não aguentam mais o cara em casa e fazem de tudo para arrumar a tal “garota certa” para ele. No mais, não foge do convencional, rendendo aquela sessão da tarde descompromissada.

O NOVO MUNDO (The New World)
Fita estrelada por Colin Farrell, o veterano Christopher Plummer e Christian Bale (o novo Batman). Pelo visto no trailer, seria uma aventura com os primeiros exploradores a chegar de navio na América. O diretor e roteirista, Terrence Mallick, tem no currículo o filme de guerra “Além da Linha Vermelha” e o filme concorreu ao Oscar de fotografia. Ou seja, a produção é boa. Resta saber se dá para encarar mais esta batalha entre homens brancos e índios (o ano é 1607) por mais de duas horas. Obviamente, o oficial vivido por Farrell é capturado pelos tais selvagens e acaba se apaixonando por uma jovem (que seria a famosa Pocahontas, embora em nenhum momento exista menção ao nome). Todo rodado com luz natural, o filme tem lá seus atrativos. Mas é preciso gostar do gênero.

TAPETE VERMELHO (Nacional)
Interessante produção que homenageia um dos grandes nomes do nosso cinema, o eterno Mazzaropi. Os protagonistas são integrantes de uma família simples, cujo pai deseja cumprir uma antiga promessa feita ao seu filho: levá-lo ao cinema para ver uma produção do então astro Mazzaropi. Seria o jeca tatu típico na vida e nas telas. Uma simples receita, bem dosada de humor. Rodado em várias locações no interior do estado, tem também a participação de nomes conhecidos no elenco, como Paulo Goulart, Cássia Kiss e outros.

A LULA E A BALEIA (The Squid And The Whale)
O título estranho não engana: é outra fita-cabeça de casal, tentando sobreviver ao fim da relação. Dificuldades não faltam, principalmente quando há filhos. A fita foi indicada a vários prêmios, como Globo de Ouro de comédia, além de atriz e ator e filme. Também foi premiada no Sundance Festival (direção e roteiro). Na história, a crise começa com o sucesso profissional da mulher, que após um artigo de sucesso na conceituada revista New Yorker, é convidada a publicar um romance (sendo que tudo que o marido quer é exatamente isso!). Lógico que os filhos não ajudam, com os problemas da idade. Produção “de” e “para” adultos. Mas não é para todos os públicos. Ah sim, o título é uma referência a uma premiada pintura, que mostra uma lula gigante e um baleia.

ÁRIDO MOVIE (Nacional)
Produção nacional, dirigida por Lírio Ferreira (de “Baile Perfumado”). Neste drama, o personagem principal é um repórter de tv, que trabalha como homem do tempo. Desde cedo longe de casa e da família, ele tem que realizar o tal “retorno às origens” com a morte do seu pai. O cenário do interior nordestino serve para acentuar as “cores” do roteiro, que apresenta a seca, fome e miséria em contraste com a nova realidade do personagem.

ENRON - OS MAIS ESPERTOS DA SALA (Enron: The Smartest Guys in the Room)
Documentário que tem como temática a complicada e pouco ética sistemática de trabalho de uma das maiores empresas americanas, que vem à tona com uma fraude contábil. Aparentemente, alguns poucos lucraram em cima de muitos. O que não parece distante da realidade de muitos países. Só muda, talvez, a proporção do lance. A fita concorreu ao Oscar na sua categoria, perdendo para o famoso “Marcha dos Pinguins”. Mas não deixa de ter seu atrativo, principalmente pelo tema, sempre atual.

PELE DE ASNO (Peau d´Ane)
Fita francesa cujo roteiro é uma adaptação de conto de fadas de Charles Perrault. Produzida nos anos 70, chega em cópia restaurada aos cinemas daqui, trazendo Catherine Deneuve como estrela principal. Uma rainha moribunda faz um estanho pedido ao rei: ele só poderá se casar quando encontrar uma noiva mais bonita do que ela. O problema é que a nunca que se encaixa no perfil é justamente a filha dela. A mocinha, para fugir deste insólito destino, foge para a floresta (usando a tal pele de asno do título). E é claro que irá surgir um príncipe bondoso para resolver a situação.

EM FUGA (Cavale/ On The Run)
Suspense que faz parte de uma trilogia francesa, formada por filmes de diferentes gêneros (comédia, drama e suspense), onde os personagens acabam interagindo entre as produções. Ganhador do César (o Oscar francês) de edição, este aqui conta a fuga de um revolucionário que, após 15 anos na cadeia, promove escapada. No caminho, conhece uma garota drogada.