Brasil vence EUA, reedita jogo histórico na final e luta por recorde

A seleção brasileira masculina de vôlei confirmou o favoritismo e passou fácil pelos Estados Unidos nas semifinais dos Jogos Olímpicos. Com a vitória de 3 sets a 0 (25-16, 25-17 e 25-23), o time comandado pelo técnico Bernardinho garantiu vaga para a decisão do campeonato, domingo, contra a Itália. E o jogo que poderá garantir o recorde de ouros do país nas Olimpíadas será o repeteco do mais empolgante confronto do vôlei em Atenas.

Brasil e Itália se enfrentaram na segunda rodada da primeira fase da competição, há dez dias. E as duas equipes fizeram uma exibição de gala. Em quase duas horas, os dois times criaram oportunidades para vencer. No final, o Brasil se deu melhor, com um impressionante 33 a 31 no tie-break.

Caso vença a final, o Brasil conseguirá a sua melhor campanha em Jogos Olímpicos. O principal momento brasileiro nas Olimpíadas foi em Atlanta-1996, quando o país teve três medalhas de ouro. Em Atenas, esse número já foi igualado. E faltando apenas dois dias de disputas, o vôlei é a maior (para não dizer única) esperança de bater o recorde.

Para chegar à decisão, nem Itália nem Brasil tiveram muito trabalho. No primeiro jogo do dia, a seleção italiana contou com o forte saque, e a tarde inspirada de Sartoretti, para marcar 3 a 0 nos gigantes da Rússia. Já o Brasil, com um jogo bem consistente, dominou a seleção norte-americana e se vingou da derrota sofrida na primeira fase -a primeira em mais de um ano em partidas oficiais.

A final da Olimpíada vai colocar frente a frente as duas seleções mais vencedoras dos últimos anos. A Itália é a recordista de títulos da Liga Mundial, com oito troféus, seguida do Brasil, que ganhou o torneio quatro vezes. A seleção de Bernardinho, entretanto, leva vantagem nos Jogos Olímpicos. Enquanto os brasileiros tentam o bi (levaram o título em Barcelona-1992), os italianos lutam para superar a série de fracasso no torneio.