Por: Ronaldo Hung





HERBIE - MEU FUSCA TURBINADO
Alguém se lembra do fusquinha Herbie? Ele vivia passando nas antigas sessões da tarde (o original é de 1968 e, pela cronologia, este seria a sexta fita estrelada pelo veículo). Considerando-se que pouca gente vai se recordar, a Disney, mesmo assim, arrisca uma releitura da história, trazendo uma musa-teen no elenco, a atriz Lindsay Lohan (de “Meninas Malvadas”).

Ela faz uma garota descolada, de uma família de pilotos de corrida que, é claro, sonha em também ser corredora (e o pai não quer deixar). Quando seu pai a leva a um ferro-velho para escolher um presente de formatura, diante de vários carros, ela acaba escolhendo o simpático fusca Herbie, que vai ser reformado e, como diz o título, devidamente turbinado. Diversão inofensiva, um passatempo na linha Disney, calcado no carisma da atriz principal (aliás, há até um videoclipe com Lindsay cantando que está sendo veiculado na tv).

AMALDIÇOADOS
Nova fita de terror no circuito, trazendo no elenco Christina Ricci (aquela menina do Gasparzinho, que anda se especializando em fitas estranhas). Trata-se de mais um produto da dupla Wes Craven & Kevin Williamson, que já produziu a série “Pânico” para o cinema. Desta vez, eles recriam o conto do lobisomem, atualizando o tema. O trailer era interessante. Resta saber se a fórmula deu certo. Na história, três jovens são amaldiçoados pela tal fera e precisam encontrá-la e destruí-la.

A maldição, como todo mundo já está careca de saber, só acaba quando o lobisomem é eliminado. Quem gosta do gênero deve arriscar. Ao que consta, a cantora Mandy Moore chegou a participar de algumas cenas, que não foram aproveitadas (ela foi substituída por outra cantora, Mya, que chegou a ser indicada ao MTV Movie Awards deste ano). Curiosidade: reparem na cena em um museu de cera, onde pode ser vista a imagem do Freddy Krueger (sucesso criado por Craven).

KUNG-FUSÃO
Acreditem, este é o filme feito em Hong Kong de maior bilheteria por lá. E, segundo divulgado, é uma das fitas estrangeiras que teve o maior número de cópias quando do seu lançamento no mercado americano. É uma grande comédia com cenas de artes marciais, como todos já devem ter visto no trailer. Basta não esperar nada, que pode até ser boa diversão (desde que você simpatize com este tipo de comédia). O seu astro, Stephen Chow, é o atual herdeiro daquilo que outro chinês (Jackie Chan) começou há tempos atrás: a união do humor com acrobacias malucas. Obviamente, há brincadeiras com várias produções, como “Herói” (recentemente visto nos cinemas e que já está saindo em dvd no país).

EM BOA COMPANHIA
Comédia com a bela Scarlett Johansson (de “Encontros e Desencontros”) e o Dennis Quaid (que anda meio sumidão, mas pôde ser visto em “O Dia Depois de Amanhã”). Ele faz o pai dela, um publicitário que trabalha em uma revista esportiva. Os problemas começam quando uma multinacional adquire a publicação e ele perde sua posição para um jovem ambicioso (o astro Ashton Kutcher chegou a ser cogitado para o papel). Como desgraça pouca é bobagem, não é que o tal cara resolve se engraçar com a filha de Quaid? Nada de novo na história, apenas na roupagem, digamos assim. A direção é de Paul Weitz (que fez “American Pie”).

DIABO A QUATRO
Comédia nacional, com gente conhecida como Ney Latorraca, Marília Gabriela e Evandro Mesquita no elenco. A direção é de Alice Andrade, que estréia em longas, após carreira com curta-metragens. Ao que parece, é uma comédia de costumes carioca, contando a história de um descolado surfista (Marcelo Faria), que cai de amores por uma garota de programa (Maria Flor). Para complicar, o cafetão da garota não está gostando nada deste romance.

CAMELOS TAMBÉM CHORAM
Produção da Alemanha / Mongólia que foi indicada ao Oscar na categoria de documentário. Um filhote de camelo é desprezado pela sua mãe (ele nasceu albino). Aparentemente, trata-se de uma parábola para tratar da discriminação no mundo. Com locações em território mongol, próximo da China, é programa para iniciados no gênero.

DIÁRIO DE UMA LOUCA
Comédia dramática, sobre uma mulher que, expulsa de casa pelo marido, tem que voltar às suas raízes humildes, enfrentando novos e antigos problemas. Ao que consta, esta personagem saiu de uma série de peças teatrais de sucesso. Mas, pelo trailer, parece mais uma versão bizarra daqueles filmes da década de 80 estreladas por Richard Pryor ou Eddie Murphy (na sua fase mais rentável), onde o humor pode variar do irreverente ao de gosto duvidoso, segundo algumas críticas. Alguém arrisca?