Análise Tática...

Por: Thaís Polato

Por que a transmissão da Copa não embala, assim como a seleção do Brasil? Andava eu com essa interrogação na cabeça até que ontem, ao assistir ao Jornal Nacional, entendi tudo. Lá pelas tantas, o Bial fazia sua crônica sobre o jogo entre Brasil e Gana. E eu pensei: mas que raio, esse jogo não vale uma crônica! A questão é que ele foi lá pra isso, e se não fizer... Muito bem, foi aí que eu entendi tudo. A Globo montou um esquema de cobertura com base no que foi a última Copa. Só que, naquele ano, tudo era espontâneo. A seleção era uma alegre família (a Scolari, lembram?), a Fátima Bernardes era o tal "elemento surpresa", a irritante música "eu sou brasileiro, com muito orgulho..." era novidade, os jogos eram inspiradores de crônicas, discussões, cervejas no botequim etc, etc, etc. Bom, se a Globo errou e está forçando a barra pra parecer que tudo é o que já foi, espero que a bolsa de apostas no Brasil também esteja certa e que a seleção se convença de que pode, sim, ganhar bonito a sexta estrela (já que ninguém adotou a palavra hexa, não sou eu que vou fazer...). Bom, é isso. Pelo menos deixei o Parreira em paz. Em vez de dar uma de técnico, dei uma de Jabor...

Thaís Polato é jornalista, mãe da Sofia e dona da pensão lá de casa. Se não gostou do comentário dela, se entenda comigo.