"Quadrado mágico" do Brasil tem grande teste

Poucas vezes se criou tanta expectativa em torno da estréia de uma seleção em uma Copa do Mundo. Favorito, o Brasil faz o primeiro teste da força de seu "quadrado mágico" na Alemanha nesta terça-feira, contra a Croácia, às 16h (horário de Brasília), no Estádio Olímpico, em Berlim.

Motivos não faltam para tamanha ansiedade. Atual campeã, a seleção brasileira entra em campo com sua tradição (cinco títulos), o retrospecto de ter vencido tudo que disputou nos últimos quatro anos e os jogadores mais idolatrados e badalados do planeta, liderados pela unanimidade Ronaldinho Gaúcho.

"[O quadrado] só vai funcionar se a equipe render como um todo. Futebol é coletivo. Não podemos ter apenas o Emerson e o Zé Roberto marcando no meio-campo. Se isso acontecer, dificilmente chegaremos até a final", disse Parreira.

Taxado de retranqueiro e pragmático até conquistar o tetracampeonato, em 1994, nos Estados Unidos, o treinador, muitas vezes, demonstra preocupação com o sistema defensivo. Para dar certo, o quarteto deve ajudar na marcação para não sobrecarregar volantes e zagueiros. "O esquema precisa ser flexível e pode mudar durante a competição", frisou.

Não só o técnico como os demais integrantes da comissão técnica e jogadores sabem que apenas a conquista do sexto título será aceita. O favoritismo exacerbado se tornou um obstáculo para o time, e Parreira está disposto a fazer o que for preciso para não decepcionar torcedores e críticos.