Por: Ronaldo Hung



 
 
Semana com duas estréias pipoca no circuito: a nova versão para o “Rei Arthur” e a seqüência de “Anaconda”.

REI ARTHUR ((King Arthur, EUA/Irlanda, 2004)
Esta é a aposta do circuito para esta semana, dirigida por Antoine Fuqua, de “Lágrimas do Sol” (com Bruce Willis e Monica Bellucci) e do premiado “Dia de Treinamento” (que deu o Oscar para Denzel Washington). A estória é uma nova versão (ou só inspirada, como está sendo anunciado) da velha lenda do Rei Arthur e seus personagens, que já ganharam várias versões no cinema e nos quadrinhos.

Todo mundo já ouviu falar alguma vez dos personagens, como Lancelot, Tristan e a bela Guinevere e das suas heróicas batalhas. Os famosos Cavaleiros da Távola Redonda, enfim. Isso sem falar no mago Merlin. Esta fita foi produzida por Jerry Bruckheimer, figurão de Hollywood responsável por grandes sucessos comerciais (“Bad Boys” e “Piratas do Caribe”, por exemplo), o que significa produção com dinheiro e roupagem atualizada para velhos clichês. Curiosamente, este filme teve como locações os mesmos cenários de “Excalibur”, de 1981, dirigido por John Boorman, que foi indicado a dois Oscars (fotografia e figurino).

Parece que as cenas violentas foram evitadas, para atingir um público maior (o que também aconteceu com “Aliens Vs. Predador”). Coisas do mercado. Mas a fita funciona como um bom passatempo, sem ser nada de expecional no gênero “épico de batalhas do cinema”. E sempre é bom novas leituras de antigas lendas populares. No elenco, Clive Owen faz o Rei Arthur, e a gracinha da Keira Knightley (a mocinha de “Piratas do Caribe”) como Guinevere já é um bom motivo para uma conferida.

ANACONDA 2 (Anacondas: The Hunt for the Blood Orchid, EUA, 2004)
O título já diz tudo: “Anaconda 2 - A caçada pela orquídea sangrenta”. Só pode ser um filme trash, daqueles para assistir com o cinema cheio, com os amigos, comendo pipoca. Quem viu o primeiro, sabe que não deve esperar nada desta seqüência. E quem não viu, também basta ver o poster do cinema. Mas, vamos lá: o original (de 1987) tinha a então desconhecida Jennifer Lopez, de camiseta molhada, como chamariz e Jon Voight, em péssimo momento, fazendo o vilão (para esta fita, Christopher Walken estava cotado).

Agora, é um grupo que está na busca da tal orquídea sangrenta e acaba no meio das tais anacondas, na selva de Borneo (locações na ilha de Fiji). Obviamente, esta continuação tem orçamento mais generoso, o que por si só não altera sua origem “filme-trash-de-animais”. O diretor Dwight H. Little é o mesmo de “Free Willy 2” (o que não quer dizer muita coisa), e que também fez o “Halloween 4”. Os responsáveis pelo roteiro são os mesmos de “Robocop”. Não se pode negar que, enquanto mero filme pipoca, é um filão que tem seus seguidores, nem que seja apenas para diversão. Pode ser legal, ou não. Basta não se levar a sério nada. Se for este o caso...